segunda-feira, 28 de janeiro de 2019


O que é ser empreendedor?

Ser empreendedor é quase uma exigência da nossa época




A palavra empreendedorismo pode lembrar você de negócio, empresas, dinheiro, mas não é somente na área dos negócios que existe o empreendedorismo.

Empreendedorismo é um jeito de ser, um modo de pensar e agir.

É a característica de saber identificar problemas, soluções e oportunidades.

E vai além de identificar,
age e resolve com criatividade, criando soluções inovadoras e colaborando para que o mundo se torne um lugar melhor para mais pessoas.
E isto pode estar ligado à criação de um novo negócio ou a uma solução empresarial, mas o empreendedorismo está também em outros tipos de inciativas que não precisam necessariamente gerar lucro, mas soluções.
Por exemplo, o empreendedorismo está naquela menina que mora em comunidade carente, fez uma campanha para arrecadar livros, montou uma pequena biblioteca na sala de casa e lá recebe crianças menores para fazerem reforço escolar e leituras. A mente e o interesse dela agiram para solucionar um problema com criatividade, fazendo aquilo que ninguém pensou, ou que alguém pensou, mas não fez.


Outro exemplo de empreendedorismo mostra bem como ele está ligado à habilidade de identificar oportunidades mesmo nos momentos de crise.
Certa vez, nos Estados Unidos, houve uma semana de fortes nevascas, era muita neve, as pessoas ficaram presas em casa, não podiam nem sair com seus carros, as aulas foram suspensas, as ruas estavam intransitáveis.
Um homem que estava em casa sozinho pensou no que mais as pessoas deveriam estar querendo e precisando naquele momento. E teve uma ideia.
Então, ao invés de ficar em casa se lamentando e assistindo as notícias na TV, que não eram boas, preparou várias garrafas de chocolate quente, calçou sua bota de neve e saiu para vender canecas de chocolate quente nas casas do seu bairro.
Além de fazer algum dinheiro, animou quem estava trancado em casa há dias, levando, não só uma caneca de delicioso chocolate quente, mas também companhia e boa conversa. Fez bem para si e para os outros. Isto é empreendedorismo.

Quem tem este espírito empreendedor, mesmo sendo empregado em uma empresa, não se limita a cumprir o seu horário e fazer mecanicamente a sua tarefa,

mas está sempre criando soluções para melhorar o seu trabalho, o seu setor e a empresa, identificando problemas e agindo para solucioná-los com criatividade e inovação.



Ninguém nasce empreendedor, aprende-se, adquire-se as características do empreendedorismo estudando, observando, exercitando.
Veja abaixo quais são algumas destas características.
O empreendedor é:
- Otimista.
- Autoconfiante.
- Motivado.
- Corajoso.
- Persistente.
- Criativo.
- Diligente.
A diligência é a virtude de fazer, não ficar só sonhando, planejando, querendo, esperando pelos outros ou pela sorte, mas realizar, meter a mão e fazer o que é preciso ser feito, com planejamento, é claro.
Outro aspecto importante do empreendedorismo é a liderança, o empreendedor tem também esta característica, ele movimenta e motiva pessoas para alcançar o que quer, porque sabe que sozinho é mais difícil, às vezes é impossível. Além disso o empreendedor não quer só para si, ele não quer realizar para desfrutar sozinho, quer envolver pessoas e compartilhar benefícios.
Espero que tenha ficado claro para você, que empreendedorismo é uma característica pessoal.
Se você tem vontade de fazer uma viagem, paneje e empreenda esta viagem.
Se você tem vontade fazer uma faculdade, planeje e empreenda o curso que desejar.
Se quer ser dono do próprio negócio, paneje, estude, pesquise e empreenda o seu negócio.
Se estiver difícil, se encontrar obstáculos, se faltar dinheiro, movimente recursos, saberes, pessoas, seja criativo e ache uma solução.
Você vai ver que consegue.
Liberte-se.
Espero ter contribuído de alguma forma com este artigo.
Até o próximo.

 Por Luciano Peres




sexta-feira, 25 de janeiro de 2019


Como me libertar da Matrix?

Você vive ou apenas cumpre uma programação?


Para se libertar da matrix você precisa começar avaliando o grau de comprometimento que tem com ela. Depois pesar os prós e contras e decidir se quer mesmo viver fora dela, dentro dela como programado ou dentro dela consciente do programa.

Para efeito deste artigo consideremos duas opções: sair completamente da matrix e ter uma vida totalmente livre ou viver nela da melhor maneira possível.

Sair completamente da matrix é romper com um modo de vida, é ter um estilo de vida completamente desprendido e livre, é não obedecer a nenhum comando. É agir se quiser, como quiser e quando quiser, mas sempre com respeito.

É fazer somente a sua própria vontade, quando ela não for prejudicar a outro. Mas sabendo qual é essa vontade e se ela não foi colocada em você pela matrix. 

Por exemplo:
quando você decide dar um presente em uma data comemorativa é mesmo por iniciativa sua? É mesmo por amor e vontade livre, por inspiração? Ou você está obedecendo a um comando?

Se é uma decisão independente, fruto da sua iniciativa e vontade, por que esta iniciativa não surge em outros momentos do ano como surge no natal, no dia dos namorados, no dia dos pais, das mães, das crianças?



Estes questionamentos são apenas para promover reflexão, pode ser que você dê presentes fora destas datas de forma livre, mas sabemos que estas datas são campeãs de vendas, porque as pessoas estão programadas a fazerem isso e fazem.

Todos sabemos que a páscoa é a data que mais vende chocolate. Isto acontece porque uma multidão de pessoas em todo o país teve casualmente a livre vontade de comer ou dar chocolate de presente no mesmo dia?

Não. Existe um programa a ser seguido, um comando a ser obedecido: “compre ovos de chocolate na páscoa.” “Dê chocolate de presente na páscoa”.
O comando começa a ser dado meses antes da data e de forma quase imperceptível, pelo menos para aqueles que não têm tempo para nada, nem para ler nem para pensar fora da caixa.

Pense fora da caixa

Decidir viver fora disso tudo é uma opção, mas não é uma decisão simples, porque você não vive sozinho, tem parentes, tem amigos, tem comunidade.

O programa é tão eficaz que nos faz sentir mal de estarmos fora dele.

Para se libertar da matrix você precisa conhecê-la cada vez mais, estudar o assunto e negar todo e qualquer comando.

Talvez alguns dos que tomaram esta decisão hoje sejam andarilhos, sem documentos, sem conexão, não importa a data, o horário, emprego, dinheiro, profissão, estudo, consumo, a notícia, a propaganda. Não obedecem a nada, não são guiados por nada além das necessidades fisiológicas, próprias do corpo e por seus pensamentos.

Outros, no entanto, deixaram a empresa, o cargo, a cidade, desenvolveram alguma habilidade com trabalho artesanal e foram morar nas montanhas ou em praias desertas, sozinhos ou em pequenas comunidades.
Desfrutam da natureza, da companhia das pessoas, fazem o que bem entendem com seu tempo. Evitam ao máximo envolver-se com o sistema da matrix e conseguem enxergá-lo de fora, como funciona e o que ele faz com as pessoas.

                        


A outra opção é viver na matrix da melhor forma possível, com o máximo de autonomia que se conseguir, com liberdade de tempo, de localização geográfica e de decisão.

No aspecto econômico, o avanço da tecnologia e o empreendedorismo digital têm servido bem a esta causa. Algumas pessoas já conseguem trabalhar e ganhar seu dinheiro estando em qualquer lugar, a qualquer hora.
Outras conseguem ganhar dinheiro e manter certa liberdade, utilizando-se de robôs que trabalham para elas: eles anunciam, vendem, recebem, encaminham a entrega, depositam o dinheiro na sua conta, fazem quase tudo. São robôs programados que fazem o mesmo que pessoas programadas.

Outra maneira é colocar o dinheiro para trabalhar para você, investindo desde cedo em ativos e não em passivos. Se você vive de trabalho e salário, ao invés de gastar seu dinheiro consumindo, invista em algo que dará retorno financeiro.

Por exemplo: se você tem um valor em dinheiro e decide usá-lo para comprar um carro para passeio, este carro gerará mais gastos, com manutenção e impostos. Mas se você investir em uma sala comercial e alugar o imóvel, você terá um ganho mensal independentemente de onde estiver e do que estiver fazendo. Este é somente um pequeno exemplo, mas existem inúmeras alternativas.



O avanço da tecnologia proporciona muitas maneiras de ganhar dinheiro com relativa liberdade, pode ser com a criação de um aplicativo, de uma startup, de cursos online, seja através do mercado de afiliados, do e-commerce, da rentabilização de sites, entre outras. É preciso ter interesse, estudar, se profissionalizar e dedicar um tempo de muito trabalho para a preparação do projeto até que ele lhe dê renda e liberdade.

Porém a liberdade será sempre relativa, nunca absoluta. Você apenas terá mais autonomia que outros, mais liberdade do que teria se fosse empregado e cumprisse horários, mas também terá outros compromissos e outras preocupações. Ainda estará na mesma matrix que todos os outros, apenas ocupando uma posição um pouco diferente.

Além do aspecto econômico há outros aspectos da matrix. Ainda é preciso considerar as outras pessoas, como já foi dito, você não vive sozinho e nem todos que te rodeiam terão a mesma visão, a mesma compreensão e farão as mesmas escolhas que você. A sociedade continua vivendo sob comando, programada, sempre haverá exigências e cobranças.

Ainda tem a questão da consciência.

Disse Albert Einstein que uma mente que se abre a uma nova ideia nunca mais será a mesma, não volta a ter o mesmo tamanho.

A partir do momento que você conhece a matrix, que entende como funciona, você se torna consciente dela, não está mais a mercê, não vive mais enganado, sabe o que está acontecendo e o porquê das coisas.
Este é o primeiro passo da libertação e o mais importante, a tomada de consciência. A partir daí você poderá ter condições de fazer escolhas com mais liberdade, para ter uma vida com mais qualidade.
Liberte-se.
Espero ter contribuído com algo de bom para você neste artigo.
Até o próximo.

Por: Luciano Peres

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019


COMO SE CAPACITAR PROFISSIONALMENTE

Máquinas não somos, homens é que somos.

Há mais de 20 anos eu fui fazer uma entrevista de emprego para uma vaga de frentista de um posto de combustíveis e a primeira pergunta que o entrevistador me fez foi:
qual o último livro que você leu?
Nunca esqueci disso e do restante da entrevista em que sequer o entrevistador perguntou se eu sabia abastecer um carro, usar uma bomba de combustível, atender ao público, lavar um carro, trocar um óleo, nada desse tipo.
O entrevistador avaliava em mim outras questões que cada dia mais estão fazendo a diferença entre quem é bem-sucedido e quem vive patinando.
Você sabia que a maioria das demissões não acontecem por falta de habilidades técnicas?
A maioria das pessoas não são demitidas porque não sabem fazer bem o seu serviço, mas é porque elas só sabem fazer bem o seu serviço.

Como assim, tá maluco?

Há alguns meses meu filho foi trabalhar em uma empresa e antes mesmo de terminar o período de experiência, que é de 3 meses, ele foi promovido.
Um funcionário antigo na empresa, com a mesma função do meu filho, ficou indignado e questionou o RH, queria saber o que o recém contratado havia feito para ter sido promovido tão rápido.
Então disseram a ele:
o que você deve se perguntar é o que você tem feito para estar tantos anos no mesmo posto.
Tantos anos fazendo a mesma coisa, é certo que aquele colaborador antigo fazia suas tarefas naquela empresa melhor do que fazia o recém contratado. Então qual era o diferencial?
O diferencial tem muito a ver com aquela pergunta que o entrevistador do posto de combustíveis me fez.
Ele não queria saber qual livro eu tinha lido e se eu lembrava da história porque aquilo faria diferença na hora de colocar combustível em um tanque.
Ele queria saber simplesmente se eu tinha o hábito da leitura, porque quem tem o hábito de leitura tem a mente aberta, adquire algumas habilidades humanas que o capacitam para resolver problemas, para convivência, para a gestão de conflitos, para a visão do todo e das partes da empresa e dos negócios, para o trabalho em equipe, para ir além das suas atribuições e tarefas.
Estas habilidades são foco, concentração, pensamento crítico, o hábito de refletir e pensar sobre as coisas ao seu redor, a observação, a atenção, a calma, a paciência, generosidade, a aceitação, a habilidade de lidar com as próprias emoções, o autoconhecimento e a criatividade.
Claro que não é apenas a leitura que capacita desta forma, as viagens, o contato com outras culturas, a convivência com diferenças, o contato com as artes em geral, e muitas outras vivências e experiências que a escola não dá, que os cursos técnicos não dão, porque estão concentrados e ocupados em ensinar as habilidades técnicas.
Habilidades técnicas são facilmente ensináveis e facilmente aprendidas, algumas até animais irracionais aprendem, outras até as máquinas já realizam.
Nós somos humanos, nós vamos além.
E o mercado de trabalho atualmente está carente de profissionais completos, as empresas estão em busca destes profissionais que são capazes de ir além das suas atribuições rotineiras e cotidianas. As empresas estão em busca de pessoas criativas e empreendedoras, capazes de enxergar, nas funções aparentemente mais simples, oportunidades de renovação, de criação e inventividade.
Não obstante ao grande índice de desemprego em nosso país, é comum você ouvir de empresários que está difícil conseguir mão de obra qualificada, e eles não estão se referindo a pessoas que saibam fazer o serviço, mas a pessoas capazes de ir além do serviço, capazes de interferir positivamente no ambiente, na cultura e na filosofia da empresa.
Portanto, capacitar-se profissionalmente no atual contexto global e cultural não se resume a aprender a fazer, esta é a parte mais fácil. É preciso ir além e aprender a aprender, aprender a ser, aprender a criar e inovar.
E isto só se adquire ampliando o repertório de vivências e experiências, algo que todos são capazes de fazer.
Não se adquire fazendo sempre as mesmas coisas, com medo de aventurar-se ao novo e ao diferente. Não se adquire buscando zona de conforto em práticas rotineiras e automáticas.
Lembre-se que não somos máquinas, somos homens, e vamos além.
Liberte-se.
Espero ter contribuído de alguma forma com este artigo.
Até o próximo.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019


O que é Matrix?

Quer saber se você vive em uma ilusão? 
Se você é realmente livre?


É muito provável que a palavra Matrix leve você a fazer relação com os filmes que têm este nome, com razão. Mas este artigo não trata exatamente da trilogia Matrix, embora se aproprie da ideia contida nestes filmes.
No primeiro filme Matrix, de 1999, um grupo de pessoas está ciente de que a vida da maioria das pessoas é uma ilusão e de que elas vivem uma escravidão, porém convencidas de que são livres. É esta realidade que o grupo apresenta ao protagonista, Neo, vivido pelo ator Keanu Reeves. Daí em diante se desenrola todo o enredo da trilogia.
Esta ideia de que o mundo que nós percebemos e vivemos não é tão real como nos parece e de que nossa vida é programada e não decidida conscientemente e livremente por nós não é nova, não foi inaugurada no cinema pelo filme Matrix.
Há milhares de anos esta ideia acompanha os seres humanos, desde a antiga Índia e a deusa Maya, que cria ilusões com movimentos de dança, passando pelo filósofo grego Platão, e a sua alegoria da caverna, por Rene Descartes (1596 a 1650), físico, filósofo e matemático francês, até os dias de hoje.
Grosso modo, a alegoria da caverna, de Platão, diz que um grupo de pessoas viviam olhando para as sombras projetadas na parede de uma caverna e para elas aquilo era a realidade, o mundo e a vida.
Quando um deles resolve questionar, sai de onde está e descobre um mundo imenso e mais real fora da caverna. Ele retorna à caverna para contar a novidade aos seus amigos, mas eles não acreditam, não aceitam a sua versão, o chamam de louco e o matam.

A matrix psíquica


Além da longa história de reflexão do homem sobre a veracidade da vida que vivemos, há um fundamento neurológico e psicológico para desconfiarmos da nossa capacidade de perceber e viver a realidade, se é que ela existe.
Basta você começar refletindo sobre a maneira como percebemos o mundo. Todas as informações entram em nós por 5 portas, os cinco sentidos de percepção externa: audição, olfato, visão, tato e paladar.
A visão, por exemplo, não acontece com a simplicidade que achamos que acontece. Não enxergamos com os olhos, enxergamos com a mente.
A luz bate nas coisas e reflete. O que o olho humano capta são apenas reflexos da luz. É a mente que organiza, interpreta e dá sentido ou não a estes estímulos que nos chegam através dos olhos.
Nosso cérebro faz quase que instantaneamente milhões de combinações e diferenciações para decidir se reconhece ou não aquele estímulo que chegou aos olhos, isto é, ele recorre a uma matriz.
A palavra Matrix pode ser traduzida para o português como matriz. Como aquela matriz matemática que aprendemos na escola. Uma matriz é um modelo, um protótipo básico a partir do qual se desenvolve tudo o que existe.
Na computação esta matriz básica é a linguagem binária, composta por dois elementos diferentes, 0 e 1, que permitem infinitas combinações e arranjos para sustentar toda a programação.
Semelhantemente uma matriz, uma matrix, vai sendo criada em nós a partir de todos os estímulos que recebemos desde o útero materno e mais intensamente depois que nascemos.
É a partir desta matriz que lemos e entendemos o mundo a nossa volta e até nós mesmos. Ou seja, nós basicamente só lemos e interpretamos, não temos contato direto com a realidade.
Podemos dizer que não vemos o mundo como ele é, recebemos reflexos de luz nos olhos e nossa mente reconhece ou não depois de fazer milhares de buscas na memória, milhares de comparações, combinações e diferenciações. Se a mente reconhecer aquele padrão, então nomeia pela linguagem, como sendo cadeira, mesa, árvore, pessoa, etc.
Foi baseando-se nisso que Rene Descartes criou aquela famosa frase “Penso, logo existo”, querendo dizer que a única coisa que ele considerava real são estas operações mentais, fora isso tudo é desconhecido para nós. Seria como dizer que dos nossos sentidos para fora não sabemos o que existe, pois tudo o que temos são interpretações dos estímulos que nos chegam, de acordo com a nossa matriz interna, a matrix.
Para comprovarmos isso basta eliminarmos o sentido da visão para entendermos que as operações continuarão as mesmas, só que a partir de outros tipos de estímulos, sons, cheiros, gostos e texturas.

A matrix social


Ampliando um pouco esta ideia podemos entender que, de certa forma, somos programados, temos um programa interno que interpreta o input, o estímulo externo, e a partir disso cria-se o output, que seria a nossa expressão, inclusive de comportamento, padronizado pela matriz ou, em inglês, matrix.
Onde está aí a liberdade? Onde está aí a verdade? Onde está a independência?
Você tem certeza que compra por decisão própria, livre e independente?
Você tem certeza que tem este ou aquele comportamento por decisão própria, livre e independente?
Você tem certeza que é livre?
Ou suas decisões são tomadas em obediência a uma matriz?
Ou seu comportamento obedece ao padrão de uma matriz?
Vou mostrar uma matriz bem interessante para você. Tudo o que é produzido pelo homem no mundo, em todas as indústrias e em todas as áreas, precisa ser consumido pelo próprio homem.
O homem é estimulado a produzir ganhando X e depois é estimulado a consumir o que produziu pagando Y. É um sistema circular, recorrente, você recebe algo para produzir e depois devolve o que recebeu ao trocar por algum “bem”.
Este “bem” é geralmente perecível, descartável, cada vez mais temporário, logo se torna obsoleto, para que precise ser substituído por outro mais moderno, avançado e melhor, por isso se torna uma necessidade.
Aí você poderia dizer que compra porque quer, que faz porque quer, que a decisão é sua. Será?
O que aconteceria se você decidisse se libertar desta matriz?
Ficaria fora dela, às margens, marginalizado, desconectado, seria rejeitado, recusado. Quem não produz não ganha, não tem como comprar, como consumir. A matrix não reconhece este padrão, por isso ele fica fora.
O que aconteceria se a maioria resolvesse se libertar desta matrix?
Se parar a produção, para a remuneração, para o consumo, que faz parar toda a produção e a engrenagem quebra.
Portanto você precisa ser estimulado a se manter dentro da roda, desde cedo precisa ser estimulado a ter uma profissão, produzir algo, para ganhar e consumir, como se isso fosse a própria vida. E é?
Há o marketing específico voltado para fazer a criança consumir. Cada vez mais cedo a criança é estimulada a competir, a se capacitar, a se preparar para uma carreira profissional, para ser mais uma peça na engrenagem, para ter um bom padrão de produção e consumo.
Mas a ilusão criada é que tudo é feito para ela “ser alguém na vida”, para ser “feliz”, para ter “liberdade”. Só que esta vida, felicidade e liberdade se resume em escolhas e decisões dentro da matrix, dentro da engrenagem, não pode ser fora dela.
Pode escolher a roupa, o carro, se vai comer no Bobs ou no Mcdonalds ou escolher como vai preparar seu filho para pertencer a mesma engrenagem da matrix. Fora disso é terreno proibido, é área restrita, é persona non grata.

A ilusão de que a ilusão é a única realidade possível


Mas aí vem o mais preocupante.
Como na alegoria da caverna, grande parte das pessoas não querem outra “realidade”, este é o único mundo possível para elas, defendem a ilusão e a escravidão com sangue e morte se for preciso.
Sequer aceitam a possibilidade de pensar que são escravas, que vivem como máquinas, operando de acordo com uma programação feita para elas. E defenderão a matrix, este modelo em que vivem, esta programação, com unhas e dentes, como se isso fosse a própria essência da vida. Mas será que é?
Não estamos dizendo com isso que a parir de agora você deveria abandonar tudo o que conhece da vida e deste mundo porque tudo é ilusão.
Não estamos dizendo que você não deve ter profissão nem comprar mais nada.
O que estamos mostrando é que faz uma grande diferença você estar nadando no meio do Oceano Pacífico sabendo onde está, qual a sua condição e os perigos que corre, do que nem sequer suspeitar da sua condição.
É melhor fazer escolhas e tomar decisões acordado ou dormindo? Se você quer ter condições para fazer melhor as suas escolhas, para você e para os que você ama, então é melhor fazer escolhas acordado, sabendo onde está, quais os riscos, o que está acontecendo, com mais lucidez.
Se esta vida já é assim, um modelo imposto, uma matrix que nos é imposta e onde vivemos presos, ainda há como piorar, que é viver achado que é livre e independente e que todas as escolhas são conscientes.
É disputar com os semelhantes uma posição de status dentro desta corrida de ratos, onde todos vivemos, achando que então, por isso, tornou-se um gato ou até um leão.
E para isso, alguns se atrapalham em mentiras, enganos, traições, financiamentos esmagadores, dívidas, juros, separações, desavenças, brigas, excesso de trabalho e de consumo e até crimes para manterem aparências ou para manterem a ilusão de que são especiais, melhores, diferenciados.
Mas ainda continua sendo ilusão, permanecemos todos dentro da mesma gaiola, obedecendo a mesma matriz, funcionando no mesmo padrão. O que muda é só o tipo de ilusão, uns acham que já chegaram a algum lugar e outros que ainda chegarão. Como os ratinhos girando na roda em busca de sucesso, ou de sobrevivência.
Sobre este assunto há muito mais a se conhecer e muito mais a se dizer. Esta é apenas uma pequena contribuição para início de conversa.
O filme Matrix é uma metáfora da nossa existência em sociedade e de nossa condição psíquica nesta existência, e sugere que a vida é outra coisa, bem diferente e além do meramente existir.
No filme Matrix, Neo, o protagonista, teve que escolher tomar uma pílula azul ou uma vermelha. A azul o levaria de volta ao sono, ao cotidiano, à ilusão da matrix. A pílula vermelha o levaria ao despertar, a enxergar a verdade e entender o que é matrix e a vida que levava.
Agora é a sua vez de escolher: pílula azul ou vermelha?
Liberte-se.
Espero ter contribuído em algo com este artigo.
Até o próximo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Como criar conexões

          Veja que interessante: o mundo está virado em conexões, todo mundo vive conectado o tempo todo, mas nunca se produziu tanto isolamento como agora. Esta é a opinião do Dr. Augusto Cury, psicólogo e escritor renomado, e de muitos outros especialistas.
Por que será que isso acontece?
Porque as conexões são virtuais e as conexões virtuais facilmente tendem a ser superficiais e efêmeras. Com a mesma facilidade que nos conectamos também nos desconectamos.
             Então é importante entender que criar conexões tem uma importância crucial para vida e o desenvolvimento humano no mundo atual, em todas as áreas. E profissionalmente, com relação à construção de uma carreira viável e sólida, criar conexões é ainda mais necessário, é vital.
            Afinal, as conexões são um princípio da vida. Tudo está conectado na natureza. Porque que com o homem seria diferente?
            Criar conexões vai muito além do número de seguidores que você tem, do número de contatos nas redes sociais. Estamos nos referindo a conexões de qualidade e não em quantidade, ainda que quanto maior a sua rede de relações, melhor. Mas é preciso que elas sejam sólidas.
        Afinal, estamos falando de criar conexões e não de criar uma lista de contatos. Alguém pode ter um número grande de contatos e não ter conexão com nenhum.
         Ter conexão com alguém significa estar ligado a ele por algum aspecto humano, pessoal, algum interesse em comum, compartilhando algo. Não basta somente ter o nome na agenda, o número do telefone ou ser amigo no facebook.
E como criar uma rede de ralações com conexões sólidas?


- Seja educado e gentil, mesmo nas redes sociais.
- Cause uma boa primeira impressão e a sustente ao longo do tempo.
- Seja atencioso com as pessoas.
- Participe de eventos presenciais da sua área de interesse, tanto de trabalho, como de estudo ou hobby.
- Cultive conexões presenciais, visite, receba, encontre-se com as pessoas.
- Mantenha vários meios de contato e dê atenção, seja cativante.
- Cuide da sua linguagem corporal.
- Seja uma pessoa incentivadora e motivadora.
- Não seja interesseiro, com segundas intensões.
- Só faça para o outro o que gostaria que fizessem para você.
- Seja sincero.
- Interesse-se pelos assuntos dos outros e seja flexível (converse interessadamente sobre vários assuntos), isto ajuda a tornar mais profunda a conexão dela com você.
- Crie conexões, mas não esqueça de cultivá-las e mantê-las saudáveis. Se você não alimentar elas morrem.
Essas dicas de como criar conexões com qualidade não servem somente para fins profissionais, esta é a melhor maneira de você encontrar um amor, um relacionamento afetivo, e grandes amizades.
As duas últimas dicas de como criar conexão estão destacadas porque são especiais.

Crie empatia.

         A empatia é a capacidade psicológica de se colocar no lugar do outro, de compartilhar emoções, de compreender sentimentos, de sentir o que o outro sente e ser solidário com ele.
        A empatia cria conexões sólidas e de confiança. Você se torna irresistível se sabe compreender os sentimentos dos outros, as emoções, as suas dores e conflitos.

Ame

      Muitos acham que o amor é um sentimento, mas não é. Amar envolve sentimento, mas é uma decisão racional de colocar o próximo como prioridade na sua vida. Paixão é que é puro sentimento, mas amor é escolha e você escolhe amar quando decide respeitar, cuidar, levantar o outro, compartilhar a vida com o outro.
     Assim você cria uma conexão tão forte com as outras pessoas que é capaz de resistir ao tempo e à distância. Não importa quanto tempo fiquem longe nem a quantidade de quilômetros, vocês estarão sempre conectados e dispostos um para o outro.
Liberte-se.
Espero ter contribuído com você neste artigo.
Boas conexões e até o próximo.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Invertemos a lógica da economia


Represar é criar pobreza, espalhar é criar abundância


A julgar pelo que a natureza nos ensina, invertemos a lógica da economia. 

Mas há um movimento em direção à mudança, alguns setores e empreendedores já se deram conta disso e estão mudando de rumo, com ótimos resultados.

Não é difícil para você concordar comigo se eu disser a você que fazer economia é não gastar, é poupar, é guardar, é acumular. 

Assim pensando e agindo, com o passar do tempo, guardando parte do que se ganha, acumulando durante anos, uma pessoa poderia ter um bom dinheiro guardado.

Esta mesma lógica passou a ser aplicada a ideias, empreendimentos, projetos, iniciativas. As pessoas tendem a pensar que é melhor economicamente se elas restringirem, se ocultar, se esconder, se proteger, para que a concorrência não fique sabendo, para que ninguém roube a sua ideia.


Fazer economia é espalhar e compartilhar


Vamos ver o que a natureza pode nos ensinar sobre economia e abundância.

Uma selva é abundante porque se espalhou, cresceu, se fortaleceu, se multiplicou. Uma água é abundante porque a vida ali também se multiplicou, espalhou-se, há grande população de peixes e organismos vivos.

Ser abundante é o contrário de ser mesquinho, tacanho, egoísta, purista, seletivo. 

Ser abundante é transbordar, espalhar, encher-se e encher tudo ao redor com vida, com motivação, com conhecimento, com amor.

A natureza nos ensina isso, a árvore espalha suas sementes, suas raízes, suas folhar e quanto mais árvores tiver ao seu redor mais vida ela terá, mais abundante ela será. O lobo mata em grupo e come em grupo alimentando toda a matilha, se ele caçasse sozinho e guardasse a carne só para ele, teria uma vida medíocre e morreria em pouco tempo.


Ser abundante não é acumular para si uma enorme quantidade de coisas, de bens, de dinheiro, de conhecimento, de dons. Isso não é ser abundante, é ser intoxicado, é represar a vida. Ser abundante é compartilhar dons, atributos, oportunidades, habilidades, é ensinar, somar e multiplicar.

Há uma ideia equivocada de economia como o ato de prender para si, represar dons e riquezas. A economia que a natureza nos ensina é a da abundância, quanto mais espalha mais tem, mais rico fica. Quem suga do ambiente e represa para si, multiplica morte e miséria, que mais cedo ou mais tarde acabará lhe alcançando.

Para ser abundante, rico, é preciso enriquecer o ambiente, fertilizar, adubar, é assim que a árvore faz, que a floresta faz para ser abundante e garantir vida, riqueza e saúde. Se uma árvore decidisse que todas as suas folhas, sementes e frutos deveriam ficar só com ela, acabaria morrendo e matando as que estivessem ao seu redor.

A ideia de eliminar a concorrência, de evitá-la, de não ensinar para os outros para não criar concorrência, de esconder o jogo, está ultrapassada e é economicamente inviável nos dias de hoje.

Quanto mais você espalha, quanto mais você compartilha, mais você tem.


Há muitos exemplos que provam isso e a ideia de shopping center, é uma delas, lá tem muito do mesmo e todos vendem. Outro exemplo são as ruas que se especializaram em São Paulo, onde você encontra praticamente lado a lado lojas dos mesmos artigos: só eletrônicos, só vestidos de noiva, só embalagens...

O food truck não é uma ideia que se isola, mas se reúne em praças e eventos gastronômicos com dezenas de outros semelhantes, compartilhando experiências, e é assim que se cresce e se fortalece.

Como pessoa, no âmbito individual, o mesmo princípio funciona. Compartilhar dons, habilidades, ideias, oportunidades, projetos e iniciativas é ser abundante e o que é abundante cresce.

Não é abundante aquele que se isola, acumula, represa, com medo de perder, de ser superado por outros, de perder mercado, de perder a promoção para um colega. Esse não cresce.


O objetivo hoje, o foco, é criar valor e não lucro.



Li há poucos dias que Carlos Wizard Martins já ajudou a formar cerca de 300 milionários. Flávio Augusto da Silva, que é outro bilionário como Wizard, também publica livros e participa de palestras, eventos e workshop pelo mundo todo, ensinando as pessoas a se darem bem, espalhando a experiência que adquiriu a duras penas, com muito estudo, esforço e trabalho.

Estes dois são grandes exemplos de pessoas abundantes. E eles poderiam até pensar: “eu não tive quem me ensinasse e me desse a receita, tive que aprender sozinho, então também não conto o segredo para ninguém”. Mas não, quanto mais eles espalham e se espalham, mais ricos eles ficam. São pessoas abundantes.

E esta lógica está intimamente ligada a ideia de criar valor e não preço ao empreendimento.

Flávio Augusto, que a propósito mantem a iniciativa Geração de Valor, disse em uma das suas palestras que um executivo da Amazon pediu desculpas aos acionistas porque a empresa teve lucro, porque sobrou dinheiro e ele teve que distribuir aos acionistas.

                                            Por que ele fez isso?



Porque a ideia é reinvestir para criar valor, não preço. Por isso a Amazon já é uma das empresas mais valiosas do mundo. Se os acionistas pensassem pequeno, querendo retirar lucro, certamente a companhia não teria chegado onde está hoje e eles não estariam tão ricos. 

E este patamar foi alcançado trabalhando parcerias, criando e dando oportunidades, tornando-se importante, investindo para melhorar cada vez mais, e não retirando recursos, pensando no lucro puramente financeiro. 

Lucro recorrente só pode ser obtido em consequência do valor gerado.


Ser abundante é criar valor a sua volta, é fazer parcerias, é enriquecer o ambiente e as pessoas com conhecimento, com informações, com oportunidades, com iniciativas, com ideias, com inovação, com criatividade e soluções.

Tornar-se uma pessoa abundante é compartilhar e no ato de compartilhar você ensina e aprende, você dá e recebe, você ajuda e é ajudado. Assim você cria movimento, vida e riqueza. O retorno financeiro deve ser visto como consequência do valor que você ajuda a criar sendo abundante.

Para finalizar, deixo mais uma ideia ligada à abundância, que é a ideia de humildade. Mas esta humildade nada tem a ver com humilhação.

É a consciência de quem você é e de qual lugar você ocupa, sabendo que sempre tem a aprender e precisa de ajuda e parcerias.

Liberte-se.