Quem precisa de um emprego? IV
Não tem
emprego para todo mundo, e agora, o que eu faço?
Este
é o quarto artigo sobre este tema. Precisar de um emprego, procurar um emprego,
algo tão real e frequente na vida de quase todo mundo. Milhões de pessoas
precisam de um emprego, mas como fazer para conseguir um bom emprego? O que é
um bom emprego?
As
respostas parecem fáceis, ora bolas, para conseguir um bom emprego eu preciso
me capacitar e procurar e um bom emprego é aquele que me paga bem e me dá boas
condições de trabalho.
Será
que é só isso? É tão simples assim? Isso é fácil de conseguir?
Se
fosse tão simples e fácil não teríamos milhões de desempregados, inclusive
pessoas muito capacitadas, com cursos, atualizadas e batalhando diariamente por
um emprego.
O
que acontece então?
Acontece
que não há mais emprego para todo mundo, a população de trabalho aumenta mais
do que o número de vagas, a economia não cresce no mesmo ritmo que a
necessidade da população. A oferta não corresponde à demanda. Isso é fato.
Então,
fazer o quê?
O emprego não deveria ser o objetivo final, mas uma
ponte para chegar em algo maior e melhor, em um estilo de vida.
Muitas
profissões são extintas com o tempo e com o avanço científico. Ao mesmo tempo, novas
profissões vão surgindo e outras vão sendo modificadas, exigindo habilidades e conhecimentos
diferentes. Foi-se a época em que você aprendia uma profissão, arrumava um
emprego e se sentava tranquilamente em sua zona de conforto a desfrutar dos
benefícios por toda uma vida, até que chegasse a aposentadoria. Isso não te
pertence mais...
Claro
que ainda existe este tipo de estabilidade confortável, mas está diminuindo
rapidamente e não tem para todo mundo. A capacitação deve permanecer sempre e a
procura também, mas estas não devem substituir a criatividade, não devem abandonar
um projeto maior de vida, não devem fechar as alternativas e possibilidades diferentes
que existem.
Há
uma característica que a escola não ensina nem a faculdade, mas atualmente é
essencial para se buscar um lugar ao sol na economia de mercado: o
empreendedorismo, que é aquele espírito inovador, que busca soluções criativas
para os problemas, que é inquieto e diligente.
Eu
não sei qual é a sua área de atuação, qual é a sua profissão, quais são as suas
ambições, qual a sua especialidade. E se você não tem nada disso, é bom se
decidir a adquirir, porque sem isso pode ficar mais difícil. Aquele discurso do
“faço qualquer coisa” ou do “faço de tudo” está praticamente sem espaço no
mercado atual. Procure substituir por “eu sou bom nisso” e por “isso eu faço bem”.
A
partir daí, esteja disposto a mudar, seja mais água do que pedra, seja capaz de
se moldar às necessidades. Por exemplo: se você quer mesmo um emprego
tradicional, não havendo na sua região, amplie a área de busca, para o país
inteiro e até no exterior, derrube as fronteiras e desgrude do seu chão, você
não é uma árvore que precisa ficar plantada.
Mas
se você tem aquele espírito peralta do empreendedorismo, junte com uma boa dose
de criatividade e uma pitada de coragem e o céu é o limite. Descubra quais são
as possibilidades que existem de você ganhar dinheiro com o que sabe fazer. Por
exemplo, um homem é um bom confeiteiro, será que a única maneira de ele ganhar
seu sustento e dar uma vida digna á sua família é conseguido um emprego em uma
confeitaria? Nãããooo.
Então
o que ele poderia fazer? Vamos lá, me ajude:
-
Fabricar bolos para vender na cidade.
-
Fabricar bolos para vender em festas e eventos.
-
Ter uma loja virtual de lindos e deliciosos bolos.
-
Criar um atrativo curso profissionalizante de confeiteiro.
-
Registrar um ME e garantir os benefícios sociais, trabalhando na formalidade e
tendo mais segurança.
-
Fazer um convênio com hotéis, empresas de formaturas, buffets...
O
que mais? Puxa! Não temos mais ideias e nenhuma destas está dentro das
possibilidades do nosso confeiteiro imaginário, e agora?
Agora
é partir para a pesquisa na internet, fazer leituras, assistir vídeos
relacionados, conversar com pessoas, ouvir sugestões, conhecer outras
experiências mundo à fora. Pensar, planejar, tomar decisões e agir.
Este
caminho vale para outras profissões e habilidades? Siiiimm.
Tenho
visto engenheiros vivendo muito bem, felizes e satisfeitos, sendo redatores
Freelancers. Escrevendo para publicações digitais, fazendo cursos na área, até
de graça ou com baixo investimento. Pessoas dispostas a se moldarem, que não se
fecham para possibilidades diferentes, que não permitem que a mente se feche em
um único sentido ou padrão de pensamento.
Conhecem
a história do cara que vendia água na praia e ficou famoso e rico? Está dando
palestra até em Harvard? Pois é. Não significa que este é o seu ou o meu caminho,
não significa que isto é para todo mundo, mas significa que há muitas soluções
que não conhecemos e que nossa mente precisa se abrir para novas ideias, que a
preguiça e a zona de conforto precisam ser colocadas de lado.
E significa acima de tudo que você é capaz, que você também pode, merece e vai
conseguir.
Liberte-se.
Espero
que este artigo tenha contribuído de alguma forma com você.
Até
o próximo.
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