quarta-feira, 12 de junho de 2019

NO PRINCÍPIO ERA O VERBO, E O VERBO SE FEZ LIXO



A palavra é como o vento, o calor, a água, pode gerar vida ou acabar com ela.


Não é à toa que nós, humanos, falamos, e escrevemos, só não sabemos ainda o que fazer com isso.

Parece que não temos ainda a real dimensão do poder que tem o verbo, as palavras, a linguagem.

Nenhuma outra espécie usa este tipo de linguagem que usamos, a linguagem verbal e isto faz toda a diferença entre nós e eles.

É justamente por este tipo de linguagem que temos, capaz de fazer metalinguagem, que nossa mente é o que é, que nossa cognição, nossa ciência e nossa consciência chegam onde nenhuma outra é capaz de chegar.

Ao ponto de não termos limites, ninguém foi capaz de prever onde chegaríamos e ninguém é capaz de dizer onde ainda vamos chegar.

Mas nossa linguagem alcança lugares muito além de toda esta ciência terrena e física.

O verbo guarda aspectos metafísicos, alcança outros espaços e outros tempos. É um mistério.

Por isso, também não foi à toa que muitos livros místicos e religiosos, ao redor de todo o mundo, que ambicionaram descrever nossa gênese e a de divindades, colocaram este advento no verbo.

De acordo com estas crenças, tudo teria iniciado no verbo, na palavra, no logos. Daí nasce tudo o que existe.

E nós, os humanos, os únicos a ter este tesouro.

Como temos utilizado esta maravilha?

Onde este misterioso poder pode nos levar?

O que podemos alcançar se soubermos usá-lo?

Como temos tratado este presente dos deuses, do Universo, esta dádiva da criação?



A propósito, lembrei de um substantivo que ultimamente tem sido muito usado como adjetivo, para qualificar seres humanos: LIXO.

Não sei nem quem é, mas fez ou disse algo que EU desaprovo:  LIXO!

Não faço ideia de quem seja, mas defende uma ideia que vai contra o que EU acredito: LIXO humano!

Me disseram, ouvi dizer, que é um bandido, de acordo com a MINHA concepção de bandido e o MEU julgamento: é um LIXO!

Até ontem nunca tinha ouvido falar dele ou dela, mas li em algum lugar que sua opinião é contrária ao que EU penso: LIXO!

Mas é claro que as pessoas têm este direito, elas têm o livre arbítrio, não têm que ficar escondendo o que pensam das pessoas, têm liberdade de expressão. Afinal, quem diz o que quer ouve o que não quer. Não é assim que diz o ditado?

Pois muito bem, o ofendido também terá o direito de reagir quebrando os dentes do ofensor? É isso mesmo? Não pode haver limites para não traumatizar? O politicamente correto não serve porque é castrador, queremos dizer o que nos vem na cabeça?  

Isto não é falar, é vomitar sobre as pessoas.

Não é sinceridade, é maldade, rancor, ofensa, grosseria, desamor, descontrole, raiva, ira, que faz mal ao outro e àquele que profere, primeiro.

E sabe onde isto acaba?

Em trauma, violência, morte, dor, decepção, sofrimento, destruição, caos, perdas, em um círculo vicioso.

Porque a palavra é sagrada, o verbo é poderoso, deve ser usado com cautela, com cuidado, com carinho, para edificar.

Senão é melhor calar para não destruir.

Quer uma prova científica disso?


Um cientista japonês, o Dr. Masaru Emoto, fez uma experiência com a palavra para determinar o quanto ela tem o poder de influenciar a realidade, o mundo a nossa volta, fisicamente.

E olha só o que ele descobriu.

O Dr. Emoto pegou duas substâncias, uma em estado sólido, o arroz cozido, e outra em estado líquido, a água, e submeteu as duas a palavras positivas e negativas em seu laboratório por um determinado período. Depois analisou o resultado e divulgou.

É bom lembrar que não se fala sem pensar, isto é só uma maneira de se dizer que falou algo sem refletir antes, mas não se pensar.

Este é o resultado de palavra e pensamento, eles andam juntos.

Veja.









A maior parte do nosso corpo é constituída de água.

As palavras e pensamentos negativos que proferimos são gerados dentro de nós, crescem dentro de nós, vivem dentro de nós e podem permanecem em nós mesmo depois de deixarmos saírem.

Quando alguém diz que “fala mesmo!”, que não leva desaforo para casa, este é quem leva, não só para casa, mas para a cama. Leva dentro de si, envenenando suas entranhas.

Aquele que ouve, se for um pouco preparado, não recebe o presente, nega, deixa com o ofensor, devolve, não pega para si, não deixa entrar, este não leva desaforo para casa.

Convido você a pensar sobre isso.

Como temos usado este maravilhoso poder, esta bomba nuclear que ganhamos da natureza?

Não estamos como crianças que recebem uma arma poderosa nas mãos e não sabem usar?

Temos usado para edificar a nossa vida e a dos outros, para mudar o mundo ao nosso redor para melhor. 

Porque o poder das palavras pode servir para mudar o meu e o seu mundo para melhor. 




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