A palavra é como o vento, o calor, a água, pode gerar vida ou acabar com ela.
Não é à toa que nós, humanos,
falamos, e escrevemos, só não sabemos ainda o que fazer com isso.
Parece que não temos ainda a
real dimensão do poder que tem o verbo, as palavras, a linguagem.
Nenhuma outra espécie usa este
tipo de linguagem que usamos, a linguagem verbal e isto faz toda a diferença
entre nós e eles.
É justamente por este tipo de
linguagem que temos, capaz de fazer metalinguagem, que nossa mente é o que é,
que nossa cognição, nossa ciência e nossa consciência chegam onde nenhuma outra
é capaz de chegar.
Ao ponto de não termos
limites, ninguém foi capaz de prever onde chegaríamos e ninguém é capaz de dizer
onde ainda vamos chegar.
Mas nossa linguagem alcança lugares
muito além de toda esta ciência terrena e física.
O verbo guarda aspectos
metafísicos, alcança outros espaços e outros tempos. É um mistério.
Por isso, também não foi à toa
que muitos livros místicos e religiosos, ao redor de todo o mundo, que
ambicionaram descrever nossa gênese e a de divindades, colocaram este advento no
verbo.
De acordo com estas crenças, tudo teria iniciado no verbo, na
palavra, no logos. Daí nasce tudo o
que existe.
E nós, os humanos, os únicos a
ter este tesouro.
Como temos utilizado esta
maravilha?
Onde este misterioso poder
pode nos levar?
O que podemos alcançar se
soubermos usá-lo?
Como temos tratado este presente dos deuses, do Universo, esta dádiva da criação?
A propósito, lembrei de um substantivo
que ultimamente tem sido muito usado como adjetivo, para qualificar seres
humanos: LIXO.
Não sei nem quem é, mas fez ou
disse algo que EU desaprovo: LIXO!
Não faço ideia de quem seja,
mas defende uma ideia que vai contra o que EU acredito: LIXO humano!
Me disseram, ouvi dizer, que é
um bandido, de acordo com a MINHA concepção de bandido e o MEU julgamento: é um
LIXO!
Até ontem nunca tinha ouvido
falar dele ou dela, mas li em algum lugar que sua opinião é contrária ao que EU
penso: LIXO!
Mas é claro que as pessoas têm
este direito, elas têm o livre arbítrio, não têm que ficar escondendo o que
pensam das pessoas, têm liberdade de expressão. Afinal, quem diz o que quer
ouve o que não quer. Não é assim que diz o ditado?
Pois muito bem, o ofendido
também terá o direito de reagir quebrando os dentes do ofensor? É isso mesmo?
Não pode haver limites para não traumatizar? O politicamente correto não serve
porque é castrador, queremos dizer o que nos vem na cabeça?
Isto não é falar, é vomitar
sobre as pessoas.
Não é sinceridade, é maldade,
rancor, ofensa, grosseria, desamor, descontrole, raiva, ira, que faz mal ao outro
e àquele que profere, primeiro.
E sabe onde isto acaba?
Em trauma, violência, morte, dor,
decepção, sofrimento, destruição, caos, perdas, em um círculo vicioso.
Porque a palavra é
sagrada, o verbo é poderoso, deve ser usado com cautela, com cuidado, com carinho, para
edificar.
Senão é melhor calar para não destruir.
Quer uma prova científica disso?
Um cientista japonês, o Dr. Masaru
Emoto, fez uma experiência com a palavra para determinar o quanto ela tem o
poder de influenciar a realidade, o mundo a nossa volta, fisicamente.
E olha só o que ele descobriu.
O Dr. Emoto pegou duas substâncias,
uma em estado sólido, o arroz cozido, e outra em estado líquido, a água, e
submeteu as duas a palavras positivas e negativas em seu laboratório por um determinado
período. Depois analisou o resultado e divulgou.
É bom lembrar que não se fala
sem pensar, isto é só uma maneira de se dizer que falou algo sem refletir antes, mas
não se pensar.
Este é o resultado de palavra
e pensamento, eles andam juntos.
Veja.
A maior parte do nosso corpo é constituída de água.
As palavras e pensamentos
negativos que proferimos são gerados dentro de nós, crescem dentro de nós, vivem
dentro de nós e podem permanecem em nós mesmo depois de deixarmos saírem.
Quando alguém diz que “fala mesmo!”,
que não leva desaforo para casa, este é quem leva, não só para casa, mas
para a cama. Leva dentro de si, envenenando suas entranhas.
Aquele que ouve, se for um
pouco preparado, não recebe o presente, nega, deixa com o ofensor, devolve, não
pega para si, não deixa entrar, este não leva desaforo para casa.
Convido você a pensar sobre isso.
Como temos usado este
maravilhoso poder, esta bomba nuclear que ganhamos da natureza?
Não estamos como crianças que recebem uma arma poderosa nas mãos e não sabem usar?
Temos usado para edificar a nossa vida e a dos outros, para mudar o mundo ao nosso redor para melhor.
Porque o poder das palavras pode servir para mudar o meu e o seu mundo para melhor.
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