quinta-feira, 7 de março de 2019

Qual a importância do hábito de ler?

 Saiba agora porque a leitura torna as pessoas mais inteligentes

Pode parecer que na época em que vivemos a leitura esteja perdendo a importância, afinal são tantas as formas de adquirir conhecimento e informação, não é mesmo?
Os vídeos, podcasts e áudio books são só alguns exemplos de meios mais fáceis e rápidos de se entrar em contato com informação e conhecimento.
Mas é justamente por este motivo que o hábito da leitura, principalmente do velho e bom livro, ganha relevância.

Veja porquê.

Neste momento estou lendo o livro Origem, de Dan Brown, e quando passei pela parte em que ele descreve o museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha, a sua arquitetura à beira do rio, a cobertura de titânio, a gigantesca escultura de uma aranha da parte externa, os espaços internos e as obras de arte minha mente quase que automaticamente começou a criar as imagens, tentando imaginar, porque eu não conheço este museu, nunca o tinha visto.
Se eu estivesse assistindo a um filme, todas estas imagens chegariam prontas às minhas retinas, com formas, cores, luzes, e meu cérebro as receberiam, processando e entendendo, em um exercício muito mais passivo, como é olhar tudo o que olhamos ao longo do dia. Muito diferente do exercício que ele faz na leitura.

Além disso tem as descrições das roupas, das cenas, de sons e cheiros, de expressões e sentimentos  dos personagens, detalhes que enriquecem o exercício da mente. Sem contar todas as informações extras que se adquire, como o exemplo do museu, que eu nem sabia que existia até começar a ler este livro.

Você consegue perceber esta diferença?

Diante das imagens, do filme, o cérebro assume uma postura bem mais passiva, ele faz um tipo de exercício. Diante da leitura ele precisa fazer outros tipos de exercícios e ser bem mais ativo, colocando em funcionamento outras habilidades.
Podemos fazer uma comparação com o exercício físico. Caminhar exercita o corpo, mas fazer crossfit exercita muitos outros músculos e desenvolve força e habilidades que a caminhada não desenvolve. Certo?

A leitura é para o cérebro o que o crossfit, a natação, a yoga e outros exercícios são para o corpo.

Não é por isso que vamos deixar de caminhar nem deixar de assistir vídeos, mas para um exercício mais completo do cérebro, e da mente, da inteligência, a leitura é insubstituível.
E principalmente a leitura de livros, de histórias, na forma de romance, contos, crônicas, novelas, fábulas, etc.
Pode parecer que para um engenheiro ou um economista, ler livros assim não mudará em nada, não lhe acrescentará nada. Talvez pelo conteúdo isso seja verdade, mas não é verdade se considerarmos o exercício mental que se faz ao ler.
No processo de leitura a mente do leitor toma cada palavra, como unidade, entende, compreende, relaciona com outras para que possa entender o todo, o parágrafo, o capítulo, o livro. Este exercício mental se chama síntese e faz parte do processo de pensamento científico.

Assim como é o exercício de análise, contrário à síntese, em que a mente do leitor parte da compreensão do todo para entender melhor as partes.
E neste processo a mente faz relações, tanto entre partes do texto como entre o texto e outros conhecimentos e experiências que o leitor já tenha acumulado ao longo da sua vida, inclusive experiências pessoais, vivências ao longo da sua história.
Síntese, análise, estabelecimento de relações e imaginação, são somente alguns exercícios que nossa mente faz quando lemos, mesmo uma história que parece não ter aplicação na nossa vida prática, como Alice no País das Maravilhas ou Dom Quixote.
Desenvolver o hábito de ler é primordial para o desenvolvimento da inteligência. E ao passo que nos habituamos e vamos gostando, torna-se um lazer, prazeroso e relaxante.
E, cá para nós, não dói nada.
Ler liberta.
Liberte-se.



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