Saiba agora porque a leitura torna
as pessoas mais inteligentes
Pode parecer que na época em
que vivemos a leitura esteja perdendo a importância, afinal são tantas as
formas de adquirir conhecimento e informação, não é mesmo?
Os vídeos, podcasts e áudio
books são só alguns exemplos de meios mais fáceis e rápidos de se entrar em
contato com informação e conhecimento.
Mas é justamente por este
motivo que o hábito da leitura, principalmente do velho e bom livro, ganha
relevância.
Veja porquê.
Neste momento estou lendo o livro
Origem, de Dan Brown, e quando passei pela parte em que ele descreve o museu Guggenheim
de Bilbao, na Espanha, a sua arquitetura à beira do rio, a cobertura de titânio,
a gigantesca escultura de uma aranha da parte externa, os espaços internos e as
obras de arte minha mente quase que automaticamente começou a criar as imagens,
tentando imaginar, porque eu não conheço este museu, nunca o tinha visto.
Se eu estivesse assistindo a
um filme, todas estas imagens chegariam prontas às minhas retinas, com formas,
cores, luzes, e meu cérebro as receberiam, processando e entendendo, em um
exercício muito mais passivo, como é olhar tudo o que olhamos ao longo do dia.
Muito diferente do exercício que ele faz na leitura.
Além disso tem as descrições das
roupas, das cenas, de sons e cheiros, de expressões e sentimentos dos personagens, detalhes que enriquecem o
exercício da mente. Sem contar todas as informações extras que se adquire, como
o exemplo do museu, que eu nem sabia que existia até começar a ler este livro.
Você consegue perceber esta diferença?
Diante das imagens, do filme, o
cérebro assume uma postura bem mais passiva, ele faz um tipo de exercício.
Diante da leitura ele precisa fazer outros tipos de exercícios e ser bem mais
ativo, colocando em funcionamento outras habilidades.
Podemos fazer uma comparação
com o exercício físico. Caminhar exercita o corpo, mas fazer crossfit exercita
muitos outros músculos e desenvolve força e habilidades que a caminhada não
desenvolve. Certo?
A
leitura é para o cérebro o que o crossfit, a natação, a yoga e outros exercícios
são para o corpo.
Não é por isso que vamos
deixar de caminhar nem deixar de assistir vídeos, mas para um exercício mais
completo do cérebro, e da mente, da inteligência, a leitura é insubstituível.
E principalmente a leitura de
livros, de histórias, na forma de romance, contos, crônicas, novelas, fábulas,
etc.
Pode parecer que para um
engenheiro ou um economista, ler livros assim não mudará em nada, não lhe
acrescentará nada. Talvez pelo conteúdo isso seja verdade, mas não é verdade se
considerarmos o exercício mental que se faz ao ler.
No processo de leitura a mente
do leitor toma cada palavra, como unidade, entende, compreende, relaciona com
outras para que possa entender o todo, o parágrafo, o capítulo, o livro. Este
exercício mental se chama síntese e faz parte do processo de pensamento
científico.
Assim como é o exercício de análise,
contrário à síntese, em que a mente do leitor parte da compreensão do todo para
entender melhor as partes.
E neste processo a mente faz
relações, tanto entre partes do texto como entre o texto e outros conhecimentos
e experiências que o leitor já tenha acumulado ao longo da sua vida, inclusive
experiências pessoais, vivências ao longo da sua história.
Síntese, análise, estabelecimento
de relações e imaginação, são somente alguns exercícios que nossa mente faz quando
lemos, mesmo uma história que parece não ter aplicação na nossa vida prática,
como Alice no País das Maravilhas ou Dom Quixote.
Desenvolver o hábito de ler é
primordial para o desenvolvimento da inteligência. E ao passo que nos
habituamos e vamos gostando, torna-se um lazer, prazeroso e relaxante.
E, cá
para nós, não dói nada.
Ler
liberta.
Liberte-se.
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