domingo, 31 de março de 2019

EM QUE MUNDO VOCÊ VIVE?


Quem não se pergunta, só obedece.



Já parou para pensar em que mundo você vive?

E tem certeza que você sabe em que mundo vive?

Você sabia que desde que você nasceu e à medida que foi crescendo um software foi sendo instalado em você e é este programa que comanda a maneira como você entende o mundo?

E não só isso, ele comanda  todos os seus atos, todas as suas posturas, todas as suas decisões, desde a maneira como você usa o banheiro até a maneira como você se alimenta, como pensa, como se relaciona, como fala, como caminha, tudo o que você é, o que pensa que é e como vê a si mesmo.

É assustador, não é mesmo? Mas é a pura realidade.

Não é um software igual aos usados nos computadores, é muito mais avançado, mas funciona como um e esta é a melhor comparação para entendermos este assunto.

De onde você acha que saiu a ideia para a produção da trilogia Matrix? Sim, da nossa matriz, do programa que nos comanda. Claro que o filme é uma criação artística, uma metáfora, mas foi pensado a partir da na nossa realidade.

Esse programa tem outros nomes, mas a sociologia e a antropologia o chamam de “cultura”.

Você só é quem é por causa da cultura onde nasceu, ela está em tudo e em todos, desde o útero materno te influenciou e assim que você nasceu o arquivo começou a baixar mais rápido, foi sendo instalado e começou a rodar.
Hoje você já é totalmente controlado por ele. Você não faz nada fora dele, nada.

Acha que eu estou exagerando, né?

Primeiro é bom dizer que não criei esta ideia  da minha cabeça, isto é dado científico, resultado de anos de estudo e milhares de pesquisas em diferentes áreas da ciência.

Segundo, deixa eu te propor algumas reflexões para te mostrar quando o programa que está em você acusa erro.

Você acha natural almoçar às 5 horas da tarde ou parece que há algo estranho nisso?

E como sua mente reage diante de um jantar formal, de uma mesa ricamente posta, em que não há talheres e todos comem com as mãos?

E que tal se o horário de começar a trabalhar, estudar e abrir a empresa fosse às 11:00 horas?

Imagine que você vai a um restaurante almoçar, adora a comida e o atendimento e na hora da pagar a conta dá uma gorjeta ao garçom e recebe de volta uma cara feia e xingamentos de um garçom muito brabo com você por tê-lo ofendido tanto?

E se você estiver comendo em um lugar e ao colocar sal na comida do seu prato todos se sentirem muito ofendidos com esta sua atitude grosseira?

A mulher dos seus sonhos está apaixonada por você e aceita seu pedido de casamento, mas só pode se casar depois que você caminhar com ela nos braços sobre uma trilha de brasas incandescentes e de pés descalços. 
(se esta moda pegar por aqui, estaremos literalmente fritos).

Aí o programa dá erro, não é mesmo?

Achamos tudo isso muito estranho, porque diante destes comandos nosso programa acusa erro.

Mas são todos hábitos muito comuns para outros povos da Terra.

O programa que roda neles aceita estes comandos.

Então muitas das nossas ações não são simplesmente coisas naturais, são obediência ao programa que alguns chamam de “cultura”.

Muitas coisas que você faz, não faz por escolha nem porque tem a liberdade de fazer e nem porque é natural, mas é porque está programado para fazer.  
E estes são somente alguns exemplos bobos, há muito mais do que isso, o programa nos comanda em coisas muito mais sérias, nos mantém presos, limitados, com visão restritamente subordinada a ele.

E se dar conta disso, refletir sobre isso, sobre o porquê faço o que faço, vivo como vivo, vejo como vejo, entendo como entendo é o primeiro passo para deixar de obedecer ao programa.

Houve uma época em que um movimento chamado de “contracultura” se popularizou.

Este movimento tinha o objetivo justamente de questionar o programa, a cultura, os modelos, as obrigações que temos que obedecer sem nem sabermos de onde vieram.

Este movimento pode não ter agido corretamente em tudo o que fez, também acabou sendo engolido pelo programa, mas deixou sementes importantes plantadas na terra do conhecimento, da reflexão e da memória.

Pense sobre isso. Faça algumas in-versões, procure outras versões do mundo e de si mesmo.

Liberte-se.

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